quarta-feira, 6 de junho de 2012

OBSESSÃO NA INFÂNCIA: POR QUE OCORRE?


Durante muito tempo, mesmo em nosso meio espírita, havia a idéia de que a criança não sofria atuações de obsessores, de que era cercada de defesas naturais, como, por exemplo, a presença de seu anjo guardião, ou espírito protetor. A prática, porém, mostrou outra realidade. Assim, muitos dos achaques, doenças e problemas apresentados na fase infantil, aos poucos, foram sendo identificados como presenças de espíritos perseguidores, evidenciando que processos obsessivos também atingem as crianças.
A respeito deste assunto, encontramos em "O Livro dos Espíritos" preciosas elucidações. Vejamos, por exemplo, a afirmação que se segue:
"Aliás, não é racional considerar-se a infância como um estado normal de inocência. Não se vêem crianças dotadas dos piores instintos, numa idade em que ainda nenhuma influência pode ter tido a educação? Algumas não há que parecem trazer do berço a astúcia a felonia, a perfídia, até o pendor para o roubo e para o assassínio, não obstante os bons exemplos que de todos os lados se lhes dão?
"Donde a precoce perversidade, senão da inferioridade do Espírito, uma vez que a educação em nada contribuiu para isso? As que se revelam viciosas, é porque seus Espíritos muito pouco hão progredido. Sofrem, então, por efeito desta falta de progresso, as conseqüências, não dos atos que praticam na infância, mas de suas existências anteriores". (Questão 199-1) (Allan Kardec, O livro dos Espíritos)
A visão do Espiritismo em relação à criança obsidiada é holística, pois que não a dissocia, na sua forma atual, do adulto de ontem quando contraiu o débito. Ensina que infantil é somente o corpo, já que o Espírito possui uma diferente idade cronológica, nada correspondente à da matéria. Além disso, propõe que se cuide não só da saúde imediata, mas sobretudo da disposição para toda uma existência saudável, que proporcionará uma reencarnação vitoriosa, o que equivale dizer, rica de experiências iluminativas e libertadoras. Adimos a terapia do amor dos pais e demais familiares envolvidos no drama que afeta a criança". (Trilhas da Libertação, Manoel P.de Miranda)

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