domingo, 3 de junho de 2007

Viva e viva feliz


Suicídio, nunca

Qual raio destruidor,
Em noite escura,
Que rasga os céus sombrios,
A idéia do suicídio relampagueia
Na mente atormentada,
Quando os sofrimentos maceram,
E o homem não se sente encorajado
Para superá-los.
O primeiro
Destrói o que encontra pelo caminho,
Enquanto o segundo faz que prossiga
Com inusitada intensidade
A desventura que não vai consumida.
Porque é um ato de rebeldia,
O suicídio interrompe
O fluxo material da vida,
Não porém, a realidade desta.
Como efeito
Da intenção de fuga do sofrimento,
Este se alonga
Mais terrível e devastador
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A grande decepção do suicida
É constatar o prosseguimento da vida
E do problema de que
Se procurou evadir, com o agravante
Das dores morais advindas.
Porque não há morte, a vida continua
Em outras expressões vibratórias,
Nos moldes plasmados
Pela conduta de cada um.
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Não raro,
A atitude lamentável do suicídio
Ocorre quando
A questão já se estava resolvendo.
MATAR-SE NUNCA!

JOANNA DE ÂNGELIS
(Mensagem psicografada por Divaldo Pereira Franco, em abril de 1964, transcrita de Momentos de Renovação.)