quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

NA TERRA DO CORAÇÃO

Cultivemos os frutos do Evangelho em nós mesmos, para que não nos faltem garantias à sementeira de paz e renovação...

Lembremo-nos de que o solo do coração, de algum modo, é semelhante à terra comum.

Para que o lavrador possa controlar a própria tarefa, efetua, primeiramente, as contas imprescindíveis, marcando as leiras que lhe receberão os cuidado de cada dia.
- Também nós não podemos viver sem o balanço das possibilidades que nos são próprias.

Logo após, o homem do campo defende o trato de chão em que se movimentará, preservando o próprio trabalho contra a incursão de agentes daninhos.
- Por nossa vez, precisamos guardar o campo intimo, irradiando sentimentos enobrecidos, entre nós e o mundo externo, para que o assalto de elementos inferiores não nos destrua a esperança.

Em seguida, o cultivador deixa que a terra suporte a pressão do arado, para que a boa semente encontre berço amigo.
- De igual modo, não podemos furtar o próprio espírito ao contato com o sofrimento, que opera em nós condições adequadas à plantação de valores que redimam.

Mais tarde, vindo a germinação, não dorme o agricultor, de vez que lhe cabe a defensiva constante contra as pragas, a lhe ameaçarem a obra ainda frágil.
- Também nós outros, não podemos repousar sobre as primeiras conquistas espirituais que realizamos, porque é indispensável vigiar ante os golpes sutis das forças deprimentes que nos rodeiam o esforço.

Do amanho da terra à colheita farta, combate o lavrador, dia-a-dia, até que o fruto precioso lhe enriqueça as mãos.
- E nós também, das primeiras noções de espiritualidade à seara da própria sublimação, não podemos descansar, porque, de instante a instante, é imperioso corrigir e aperfeiçoar pensamentos e idéias, sentimentos e aspirações no santuário de nossa fé.

Não nos esqueçamos de que prudência, cautela, trabalho e devotamento são recursos que não nos será licito menosprezar na lavoura do aperfeiçoamento próprio, se quisermos converter a própria vida, com o Cristo, em abençoado celeiro de amor e luz.

EMMANUEL
(Do livro "Reconforto" Francisco Cândido Xavier)

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Reforma Íntima






Após participarmos das palestras e dos estudos espíritas, ouvimos constantemente falar de Reforma Íntima e ficamos nos perguntando como realizar essa tal reforma, o que é considerado como reforma íntima ?
A Doutrina Espírita esclarece a respeito da transformação moral que deve ser operada em nós mesmos.
Somos todos iguais perante Deus, nosso criador.
Ele nos dá a oportunidade.
E ela nos surge em sucessivas encarnações.
O que nos oportuniza inúmeras chances de modificar o nosso interior,
Pois mesmo ser ter claramente estabelecido à maneira de fazê-lo,
Todos possuímos o germe divino que adormecido em nós,
Precisa do esclarecimento para surgir.
Com certeza é preciso uma mudança.
De dentro para fora, que nos faça buscar muitas respostas,
Fazendo identificar todos os nossos sentimentos.
Os negativos, os positivos.
Identificar características entranhadas como o:orgulho,
o egoísmo, a vaidade,a inveja e tantos outros fantasmas
Que permanecem ocultos a nossa própria consciência.
Obriga-nos a Reforma Íntima, a mudança de pensamentos,
Corrigir atos e vigiar atitudes.
Essa reforma é lenta e progressiva e exige muita persistência.
Esse Auto-conhecimento proporciona a colocação de valores
Positivos em nossa vida.
Mas, como adiantar esse auto-conhecimento?
Através da leitura de bons livros, de palestras edificantes
Dos estudos que nos esclarecem e nos elevam espiritualmente,
Da busca de conhecimento sobre os pontos que estamos trabalhando
Além desse trabalho a que nos dedicamos a nós.
Outro paralelo nos é solicitado para que essa Reforma Intima
Aconteça de maneira real.
Necessário se faz ainda, ignorar os defeitos alheios, fazer o uso
Constante do perdão, aniquilar os monstros da maledicência, anular
Os efeitos das ofensas, além de fazer a prática constante da caridade
Mas qual o caminho a seguir? Em quem buscar a inspiração e o modelo
De que nos promova a real modificação de nossos pensamentos e costumes?
Em Jesus Cristo, modelo de moral e exemplo de persistência no bem.
Seguir os seus passos na prática do bem é caminho seguro na reforma intima
Que nos faz necessário.
Então vamos começar hoje a nossa transformação.

Katy

terça-feira, 12 de setembro de 2006

Aula Especial Posto de Assistencia

Tivemos uma aula super bacana, ministrada pelo Vitor e pela Eveline da ASSOCIAÇÃO ESPÍIRTA ANÁLIA FRANCO, oportunidade que ficamos sabendo que a referida associação está oportunizado um "Clube do Livro Chico Xavier", no qual pode-se associar-se, e receber em casa, os próximos lançamentos, com valor fixo mensal. Livros filosóficos, cientificos, de auto-ajuda e romances. Quem se interessar falar no (67) 3027-4336 e fazer a sua inscrição. Participem.

terça-feira, 22 de agosto de 2006

Pomada Vovô Pedro...

Como surgiu a Pomada Vovô Pedro
Da Redação do Correio Fraterno do ABC

Publicamos na edição passada um resumo da história que envolve a Pomada Vovô Pedro, e o jornal "Sementes de Luz" teve a gentileza de nos presentear, agora, com um folheto que traz a história completa, em cuja página de rosto traz uma foto impactante que vamos usá-la, com a devida vênia, para ilustrar essa contextualização:

O Centro Espírita Campos Vergal da Colônia de Hansenianos Santa Izabel, em Betim, na Grande BH, regurgitava de internos. Seu Diretor, o "Pipoca", como todos o chamavam, extraordinário Espírito, espírita, não cabia em si de contentamento. Afinal, não se tinha notícia do lançamento de um livro em uma colônia de hansenianos, muito menos no Centro Espírita de uma delas.

À frente, sucediam-se os oradores, ressaltando a importância do fato. À mesa, ao lado do Pipoca, de cenho fechado, o médium João Nunes Maia e uma pilha do livro "Além do Ódio", um romance que lhe fora ditado pelo Espírito Sinhozinho Cardoso, cujo enredo se baseia em episódio da época da escravatura.

Nunes Maia ali estava a pedido do Espírito Niquinha, personagem do romance que, na trama, desencarna ali em virtude do mal de Hansen e que lhe pediu que fizesse o lançamento ali, por ocasião de um desdobramento do médium. João Nunes Maia estava visivelmente preocupado. Dois eram os motivos de sua preocupação. O primeiro porque jamais teria coragem de cobrar os 105 livros que levara para o lançamento, o segundo era que estava precisando do dinheiro para pagar a edição e providenciar a edição de outros livros que "reclamavam" divulgação, já prontos para entrar no prelo. Além disso, via à sua frente mais de quatrocentos irmãos hansenianos. Como resolver esse problema se levara apenas 105 livros?

Pipoca, certamente acionado por algum amigo espiritual, falou-lhe ao ouvido. Não se preocupe! Conheço todos que aqui estão. Dê apenas um livro a cada família! Que alívio. Foi como se uma aragem fresca inundasse os pulmões do médium "Como não pensei nisto?" Voltou-se, emocionado, para o Pipoca, e apertou-lhe significativamente o braço esquálido e já macerado pela insidiosa enfermidade, que contudo, recebera a manifestação de carinho como benção do Mais Alto.

Finda a reunião Pipoca informou aos presentes o sistema a ser adotado para a doação e o autógrafo nos livros. Organizasse a fila, o médium subscreve dedicatória. A pilha de livros vai baixando... Nunes enruga de novo a testa. Mas, oh "Bondade Divina", ao subscrever o último volume que levara a fila já não existia. A matemática do Alto funcionou, levara 105 volumes do seu romance "Além do Ódio" e 105 eram as famílias que estavam presentes no evento.

Pipoca sorria ao seu lado: o belo sorriso dos justos, dos bons. Nunes enlaçou-o num abraço cheio de vibrações, que, também, envolvia os demais, seus olhos, mesmo inundados de lágrimas, visualizaram o Espírito Niquinha, envolto em luz etérea, a sorrir-lhe agradecida.

Parecia que, com o episódio da doação dos livros, a cota de emoção espiritual do dia estava esgotada. Ledo engano.

No palco do Centro Espírita Campos Vergal, conversavam animados Nunes Maia, Pipoca e outros confrades prestes a despedir-se também.

Ao volver o olhar para o salão, João Nunes Mais registrou indescritível espetáculo espiritual. Pelos lados do auditório do Centro Espírita, à direita e à esquerda, adentravam Espíritos de escravos, envergando roupas próprias da época da escravatura, época essa tão bem descrita no livro que acabara de doar. Pelo centro do salão vinham adentrando Sinhozinho Cardoso, autor do livro, Niquinha e outros personagens da Obra, que seguiam o Espírito Miramez, que se postava à frente, ladeado por um outro Espírito, que não era do conhecimento do médium. O desconhecido trajava um casaco comprido e sua postura denotava grande elegância e envergadura moral. Novamente, o salão do "Campos Vergal" estava lotado, agora, porém, por desencarnados. Enquanto todos procuravam um lugar para sentar, Miramez e o Espírito de casaco longo se aproximaram de Nunes Maia e o desconhecido disse:

- Aqui estou para desincumbir-me de compromisso secular com Jesus, o Cristo, e com Deus, Nosso Pai Maior. Peço-lhe que anote uma receita que vou ditar-lhe e que irá aliviar ou mesmo eliminar os males de tantos e tantos - como este, indicando o Pipoca e outros internos da "Santa Izabel" e de um sem número de outras enfermidades, principalmente da pele.Nunes Maia, um tanto aturdido, recolhe do chão uma folha de papel, que havia servido para embrulhar um pacote do livro "Além do Ódio" e a um canto se põe a anotar, emocionado, os ingredientes da receita. Ao fim do ditado, aguarda a identificação do Espírito, de tão elevada envergadura, quando da assinatura da receita. Com uma fisionomia insondável conquanto alegre, ele diz, simplesmente, Vovô Pedro.

Ante a surpresa estampada no rosto do médium, o Espírito aduz:

- É preferível que as coisas simples tenham nomes simples. Uma observação, porém; o preço deste medicamento deverá ser um e apenas um - "Deus LHE PAGUE".

Cumprimentando-o à maneira da época de sua última encarnação, o Espírito, nimbado de luz, despede-se e se volta para retirar-se. Miramez dirige ao médium significativo olhar e lentamente, todos os Espíritos se retiram do salão, logo após.

Com o precioso papel na mão, novamente envolto em elevadas vibrações, Nunes Maia se aproxima do grupo em animada conversa. Antes, porém, rebusca a memória, procurando a identidade daquele Espírito tão agradável quanto elevado. Lembra-se, finalmente: "Mesmer!" Aquele Espírito era Mesmer, o extraordinário advogado, teólogo, doutor em Filosofia e Medicina que assombrara o mundo com as curas através do que chamou "magnetismo animal", ao fim do século XVIII. Era Mesmer que, também, está citado no livro "Além do Ódio" e que encontrou naquele abençoado dia a vibração propícia para ditar-lhe a receita da hoje afamada "Pomada do Vovô Pedro", que tanto bem vem semeando no Brasil e além fronteira pelo preço combinado: "Deus Lhe Pague".

(Publicado no Correio Fraterno do ABC Nº 368 de Setembro de 2001)
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/correio-fraterno/como-surgiu-a-pomada.html